Quem é Ignaz Semmelweis, deves estar tu a perguntar?
Está na hora de conhecer um pouco melhor a vida de Ignaz Semmelweis. É o mínimo que poderíamos fazer para reconhecer tudo o que ele tem feito por nós nestes tempos de pandemia. Entremos, por isso, no Hospital Geral de Viena, na Áustria, onde ele trabalhou como médico obstetra, entre 1844 e 1850. Mas não abram a porta de repente e sem antes usar a máscara, hoje as exigências são diferentes. É agora procedimento obrigatório em qualquer recinto fechado.
O perigo de infeções causadas por vírus e bactérias nem passava pela cabeça deles. Acreditava-se antes que as doenças viajavam em nuvens de vapores venenosos a espalhar partículas em decomposição vindas do subsolo e conhecidas como miasmas.
Semmelweis descobriu que as infeções podiam ser evitadas com a lavagem das mãos, mas os colegas continuaram desleixados.
Durante meses, ele testou várias hipóteses, acabando por concluir que, ao não lavarem as mãos, os médicos transportavam «partículas cadavéricas» vindas das salas de autópsias.
Os médicos ficaram ofendidos por Semmelweis atribuir a causa de morte dos doentes às más práticas dos hospitais. Na primavera de 1850, Semmelweis fez mais uma tentativa para ser ouvido. Subiu ao palco da conferência da Sociedade Médica de Viena e, perante uma multidão, alertou para os perigos das más práticas dos hospitais.
O médico húngaro foi arrastado para um asilo, onde acabou por morrer duas semanas mais tarde.
Não durou muito tempo o pobre Semmelweis. Duas semanas depois, morreu aos 47 anos, no dia 13 de agosto de 1865.
Louis Pasteur, Joseph Lister e Robert Koch foram os cientistas que, décadas mais tarde, muito beneficiaram do trabalho de Semmelweis para revolucionar – cada um na sua especialidade-, os métodos de combate às infeções. Eles e todos nós só podemos estar gratos e gratas à dedicação com que este médico húngaro se entregou à medicina e aos doentes.
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